Sim, o vento passou por aqui
não sei se ele me levou ou
se ele me trouxe
talvez saiba mais tarde
ou amanhã
ou talvez depois de amanhã
Ele deixou cair anotações que eu havia colado na parede
ele arrancou um coração que estava colado na porta
ele sussurrou no meu ouvido algo que não pude ouvir
ele girou as hélices do ventilador que mal funciona
ele escreveu em meu corpo que voltaria
voltaria com uma nova ventania
e me regaria com seu sopro
Sim, o vento passou por aqui
não sei se ele me levou ou
se ele me trouxe
talvez saiba mais tarde
ou amanhã
ou talvez algum dia desses...
Marina
em uma tarde de domingo pacato
de um fevereiro estranho
de um ano incerto, 2013.
domingo, 17 de fevereiro de 2013
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
sem pressa...
hoje, chegando lá, pisando descalça na areia quente, pus a canga no chão, sentei e visualizei o mar, marzão. lindo e belo como sempre. meio perdido no horizonte, não sabia se era mar ou se era céu. virei o rosto, lá estava ele. de chinelos verde escuro com uma cargueira nas costas e do lado um violão meio desgastado. viajante, sempre viajante. ao lado dele estava ela. cabelos compridos ondulados, brincos estranhos e bonitos. ela segurava as chinelas cor de rosa. caminhava no mesmo passo dele. sem pressa, sem pressa para viver. ela também tinha uma cargueira, menor que a dele. ela carregava uma bolsa com algo dentro, acho que era um instrumento musical, mas não dava pra saber qual era. eles conversavam algo, algo bom, creio eu. ela sorria pra ele, ele falava pra ela fazendo vários gestos. ela só sorria e sorria e ria. acho que ela gostava de estar perto dele, ela estava feliz. e ele parecia estar a vontade perto dela. resolveram soltar as coisas próximos a mim. se despiram. silêncio. olharam para o mar e respiraram fundo. se entreolharam seriamente. sorriram. largaram tudo ali e foram correndo feito duas crianças entrar e furar as ondas do mar.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
vem-mar
de volta a realidade
me encontro
me encontro perdida
em terra
meu corpo me leva
pra longe
e mais longe
de tudo
de todos
caminho caminho
caminho
até o mar
o mar
meu único amor
que me abraça
que me envolve
e me leva
me leva
me leva
pra longe
dos seres
humanos
que humanos?
nada de humanos
marina
para meu mar em fevereiro de 2013
me encontro
me encontro perdida
em terra
meu corpo me leva
pra longe
e mais longe
de tudo
de todos
caminho caminho
caminho
até o mar
o mar
meu único amor
que me abraça
que me envolve
e me leva
me leva
me leva
pra longe
dos seres
humanos
que humanos?
nada de humanos
marina
para meu mar em fevereiro de 2013
eu gosto de te ver
Eu gosto de te ver assim
com a máscara de carnaval
com a peruca rosa brilhante
dançando todas as músicas que a bandinha toca
Eu gosto de te ver com a máscara caindo
com a peruca desajeitada
com a roupa suja de carnaval
com cheiro de cerveja
com o sorriso meio maroto
Eu gosto de te ver também
depois do carnaval
olhando para o horizonte
sem saber o que será do amanhã
com os olhos brilhando
não de felicidade
mas de lágrimas
com a máscara de carnaval
com a peruca rosa brilhante
dançando todas as músicas que a bandinha toca
Eu gosto de te ver com a máscara caindo
com a peruca desajeitada
com a roupa suja de carnaval
com cheiro de cerveja
com o sorriso meio maroto
Eu gosto de te ver também
depois do carnaval
olhando para o horizonte
sem saber o que será do amanhã
com os olhos brilhando
não de felicidade
mas de lágrimas
sábado, 2 de fevereiro de 2013
um vulto...
um vulto
cor
cor forte
olho
você
sorrisos
cabelos duros
formas
suor
música
você
eu
danço
sua
música
suor
branco
preto
sorrisos
na
música
minha
sua
música
aqui está, seu poema.
al'minha,
no florescer de fevereiro de 2013
para
o rapaz
que tocou
aquela música
que me tocou.
cor
cor forte
olho
você
sorrisos
cabelos duros
formas
suor
música
você
eu
danço
sua
música
suor
branco
preto
sorrisos
na
música
minha
sua
música
aqui está, seu poema.
al'minha,
no florescer de fevereiro de 2013
para
o rapaz
que tocou
aquela música
que me tocou.
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