ainda não há sono
houve
mas ele foi embora
cabelos assanhados,
gosto
assanhado aqui é também enlinhado, bagunçado
gosto de te ver
ver teu rosto
às 4 da manhã
ainda há lápis nos olhos
restos do batom nos lábios
gosto dos restos
gosto de vê-la esgotada
um dia puxado
trabalho
conversas de bar
tu e os outros
adeuses de sempre
retalhos
pedaços de fita que vai e volta
tesoura, cola, um filme
tu
são 4 da manhã e
eu continuo te amando.
ina.
em um junho estranho de 2014
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