terça-feira, 17 de junho de 2014

4 da manhã

são 4 da manhã
ainda não há sono
houve
mas ele foi embora

cabelos assanhados,
gosto
assanhado aqui é também enlinhado, bagunçado

gosto de te ver
ver teu rosto
às 4 da manhã
ainda há lápis nos olhos
restos do batom nos lábios
gosto dos restos
gosto de vê-la esgotada

um dia puxado
trabalho
conversas de bar
tu e os outros

adeuses de sempre
retalhos
pedaços de fita que vai e volta
tesoura, cola, um filme
tu

são 4 da manhã e
eu continuo te amando.



ina.

em um junho estranho de 2014

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