Retorno ao meu céu de um azul estranho
Um azul nem vivo nem morto
Um azul meio termo
O meu azul
Um azul nulo
Retorno ao céu
de fim de tarde
de início de noite
O céu da tristeza reflexiva
O céu da melancolia
O céu da melodia que se inicia em si bemol
O céu da cidade onde nasci
O céu do meu amor
Amor nulo, rachado, afogado
Retorno a este céu
Céu bonito, céu estranho
Céu que me afoga
na minha própria chuva
de águas salgadas
O céu da reflexão,
não é claro, nem escuro
Vê-se luzes pintadas sobre ele
mas ele diz que não precisa delas
porque ele ainda ilumina,
ilumina uma mente escura,
a minha.
Mari
Abril/2009
Nenhum comentário:
Postar um comentário