segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O Retorno ao meu Céu Estranho

Retorno ao meu céu de um azul estranho
Um azul nem vivo nem morto
Um azul meio termo
O meu azul
Um azul nulo

Retorno ao céu 
de fim de tarde
de início de noite

O céu da tristeza reflexiva
O céu da melancolia
O céu da melodia que se inicia em si bemol

O céu da cidade onde nasci
O céu do meu amor
Amor nulo, rachado, afogado

Retorno a este céu
Céu bonito, céu estranho
Céu que me afoga 
na minha própria chuva
de águas salgadas

O céu da reflexão,
não é claro, nem escuro
Vê-se luzes pintadas sobre ele
mas ele diz que não precisa delas
porque ele ainda ilumina,
ilumina uma mente escura,
a minha.


Mari
Abril/2009

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