quinta-feira, 5 de abril de 2012

Súplica de Loucura

Profundamente triste
o amor
o amor
nos deixa derretida de felicidade, num paraíso
e depois nos dá uma flechada
que derrama um sangue infinito
lágrimas que se transformam em lagos, em rios, em mares

Um mar que era tão lindo, vasto, cheio de vento
cheio de carinho e afetos
agora, mais salino do que nunca
desaba em meu peito
inunda meu rosto
meu corpo fraco e forte
meu corpo que te espera, amor

Amor... o que é o amor?
É um sentimento de ternura
Que quando quanto mais demasiado sente
mais dói e dói e dói
e roe meu corpo
e faz minhas mãos tremerem
a espera
a espera
espera longa
Mas isso já estava imposto antes de eu te amar

E esse amor,
o mesmo amor que faz sorrir,
me faz chorar
e me apunhá-la o peito
e me faz delirar
delirar pela espera
de ouvir tua voz
de sentir tua boca
de sentir tuas mãos em meu rosto
em meus cabelos agora arrancados
por essas mãos de menina louca,
loucura....
Quando a loucura toma posse do amor
meu corpo gela
me arremesso contra a parede
rasgo minhas roupas
grito
tudo isso dentro de mim

porque na verdade,
eu canto
eu canto para os outros
para não enxergarem o que há dentro de mim.

Já não canto para o meu amor,
porque estou louca
e agora suplico de joelhos,
joelhos que já derramam sangue,
que ele olhe para mim
que ele olhe para mim
e me ouça
e me fale
e me abrace
apenas isso.

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