sábado, 7 de abril de 2012

Um corpo morto

Duas mãos precionam meus ouvidos
Dois dedos precionam meus olhos
Duas mãos abarcam e apertam meu pescoço
E aos poucos meu corpo perde todas suas forças

O corpo seca
A cabeça explode
O corpo seca
A cabeça explode
O corpo seca
A cabeça explode

Voz?
Há muito tempo já não há voz
Um corpo morto
mudo
mudo pelos outros

Um corpo que já não diz nada em palavras
e diz tudo por estes olhos



Marina
em um abril despedaçado de 2012.

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